domingo, 24 de abril de 2011

Volúvel maioria!

Têm dois atributos que não podemos negar ao Sr. Paulo Odone, presidente do Grêmio: seu gremismo e sua inteligência. Hoje resolvemos falar apenas de suas qualidades, por justiça e porque, afinal, hoje é Páscoa, dia sagrado da ressurreição, dia de paz e de perdão.

O presidente do Grêmio, antes de que qualquer outro enxergou que a suposta maioria, que, como força política, detém no Conselho Deliberativo não é confiável. É uma falsa maioria, eis que oriunda de uma breve e precária leitura, de um momento incerto da vida gremista.

Logo depois da eleição que aclamou Odone, se viu que a gestão de Duda Kroeff não fora tão ruim assim, que o condomínio de credores estava quase sepultado; que o projeto Arena tinha saído do papel; que tinha ficado um time montado para a temporada seguinte; que tínhamos derrotado os vermelhos no gauchão e nos classificado para a Taça Libertadores e, principalmente, que restara da gestão anterior um legado de ética desportiva e exemplo de postura dirigente.

Grande parte dos 180 conselheiros que assumiram, em face da vitória esmagadora nas eleições para o Conselho Deliberativo, em setembro de 2010, não têm laços políticos que os liguem à liderança de Odone. Estão lá mais por instinto de manada, de mudança, fruto daquela leitura precária antes aludida, do que por fidelidade à figura do atual presidente. E ele sabe disso.

Tanto sabe que tratou de recompor relações com segmentos mais confiáveis e abriu temporada de reconciliação com seus anteriores desafetos. Assim foi no convite a membros da direção anterior, para viajarem com a delegação à Bolívia e no mesmo diapasão, a receptividade ao ex-presidente Cacalo, em recente visita deste ao Olímpico.

Claro que o episódio do Clube dos 13 e o rompimento com Fábio Koff também pesaram nessa guinada comportamental de Odone. O presidente sabe que suas atitudes mexeram profundamente com uma das poucas unanimidades tricolores.

A mesma sede de mudança que tomou conta de grande parte da torcida, do quadro social e dos seguimentos mais próximos da gestão, no alvorecer da primavera de 2010 - ainda sem que os resultados do time de Renato se transformassem em realidade na tabela -, é comum e cíclica, podendo ocorrer com qualquer direção, em qualquer momento na vida do clube. E o Dr. Paulo Odone sabe que não está livre disso.

Taddeu Vargas
Coordenação de Comunicação
Associação Grêmio Unido

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Reunião Ordinária - 18 de abril de 2010

Na noite de 18 de abril passado estiveram reunidos na Casa do Marquês, para a realização de reunião ordinária, os sócios da Associação Grêmio Unido, tendo na pauta o assunto da cláusula de barreira e assuntos gerais (fotos abaixo).

Na oportunidade discursaram diversos conselheiros do Grêmio e associados do Grêmio Unido, reafirmando o compromisso da associação com a redução da cláusula de barreira para as eleições do Conselho Deliberativo e do Conselho de Administração.


Fotos da reunião


Estiveram presentes mais de 30 pessoas, entre conselheiros e associados do GU.


 A mesa diretora, sob o comando do Presidente da Associação Grêmio Unido SERGEI IGNACIO ASSIS DA COSTA, conduz os trabalhos, dirigindo a pauta e mediando as manifestações dos associados. Na foto Celson José Matte (E), Eduardo Henrique Cardoso Pacheco, Sergei Ignacio Assis da Costa e Ricardo Antônio Eichler Fernandes (D).




Conselheiros Romildo Bolzan Jr (D), Gilberto Kroeff, Marco Bobsin, Rubem Borba Franco e Rogério Tolfo.

Conselheiro Denis Abrahão (D) apresenta candidatos a sócios do GU: Carlos Augusto Fuão Duarte (E) e Antônio Minervino (C).

Conselheiro Airton Ruschel (E), associados Alexandre Mello, Renato Borges e Deco Nascimento.

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Denis Abrahão (E), Luiz Carlos Gaspary, Cesar Guto Peixoto (Ex-Presidente do GU) e Sérgio Luiz Adam Franceschini (D).


 Vice-Presidente do GU, Ricardo Eichler Fernandes confere Blog do GU no seu tablet.

Conselheiro Denis Abrahão chama atenção, em sua manifestação, para a importância de uma reflexão cuidadosa em relação ao tema da pauta (cláusula de barreira) e sua influência na composição de um Conselho Deliberativo digno, ético e representativo

Conselheiro Romildo Bolzan Jr. ressalta a importância da insistência pela redução da cláusula de barreira, como ferramenta eficaz da representatividade, mas também pela postura ética da associação na defesa de uma alteração defendida pelo grupo há bastante tempo.

Conselheiro Airton Ruschel manifesta o compromisso da Associação Grêmio Unido com a redução da cláusula de barreira nas eleições do Conselho Deliberativo e Conselho de administração, como medida democrática e renovadora.




sexta-feira, 15 de abril de 2011

Odione ou Invejone?

Montagem a partir de imagens da internet

O atual presidente do Grêmio nunca desmentiu que Renato Portaluppi não era seu comandante predileto para o time e sempre se sentiu em Odone uma reserva em relação ao técnico preferido da torcida. Talvez a palavra mais adequada seja desconforto. Renato, como nenhum outro treinador conseguiria, atrai para si os clarões dos flashes midiáticos e toda a atenção dos torcedores, que assim não chegam ao presidente, escurecendo e jogando na solidão o famoso ego insaciável do dirigente gremista.

Enquanto o time vai bem o que se vê é um presidente calado e preocupado com outros assuntos, principalmente os referentes às suas outras atividades. Mas basta uma derrota para se ouvir a corneta do Odone soar alto, na direção do comando técnico, para que não reste dúvidas a quem ele atribui o pontual fracasso.

É visível a estratégia de se desvincular dos resultados de campo, adotada pelo presidente Odone, para, ao final de um jogo com eventual derrota, com frases feitas, imputar o fracasso ao treinador. Esse é um fato novo no Grêmio. Não lembro de uma situação sequer parecida com essa, onde o fato de não ter contratado o técnico, exime o presidente de responsabilidades pelos resultados obtidos pela agremiação.

Ora, por que não o dispensou então, assim se livraria da dúvida na hora de torcer.

Vontade de demitir o técnico campeão do segundo turno do brasileirão 2010 não deve ter faltado, pois aliam-se à empatia de Renato com a torcida - e a consequente inveja de Odone - a sua indicação a Duda Kroeff, por ninguém menos do que Fábio Koff, cuja recomendação a favor da contratação de Renato Portaluppi deixaram Duda Kroeff mais que inclinado a trazer o ídolo de volta ao Estádio Olímpico, dessa vez como treinador.

Há pouco assistimos do que o Sr. Odone é capaz, quando o assunto é Fábio Koff.

Não resta a menor dúvida que o vestiário do Grêmio está dividido e da pior forma que poderia acontecer. De um lado os interesses gremistas de vitória e conquista dos títulos que sustentam e vitaminam a grandeza do Imortal Tricolor e de outro as mesquinhas vontades políticas e os solitários anseios do ego, que minam o ambiente e constroem tocaias, no caminho do sucesso da comissão técnica e dos jogadores.

Vamos para uma decisão no domingo com esse cenário, onde uma derrota pode dar ao presidente a coragem que ele precisa para enfrentar a torcida e dizer da sua insatisfação com o treinador.  No episódio do C13, com o Dr. Fábio, ficou conhecido por ODIONE. E agora, com Renato, seria a versão INVEJONE?

Taddeu Vargas
Coordenador de Comunicação
Associação Grêmio Unido


segunda-feira, 4 de abril de 2011

Eleição vira pauta

Imagem: Tavar 
Dias atrás o presidente do Grêmio, Paulo Odone, declarou à imprensa - entrevista ao ClicEsportes - que, no clube, não se começa o processo eleitoral sem que o presidente lance seu candidato, quando perguntado o que tinha a dizer sobre a notícia de que Fábio Koff manifestara disposição de concorrer à presidência do Conselho de Administração do clube, no ano que vem.

E tem razão o presidente. Porém, esqueceu de dizer duas coisas: não existe nenhuma norma que regulamente esse assunto no estatuto tricolor, sendo mero costume e, em segundo lugar, essa não seria a única surpresa, digamos, relacionada ao próximo pleito.

A novidade das próximas eleições é o fato da candidatura de oposição ter sido lançada pelo próprio presidente atual - o que foi matéria de crônica aqui no blog.

O que impedia a candidatura de Fábio Koff à presidência do Grêmio, nos últimos anos, era sua vinculação e trabalho no Clube dos 13, onde defendia e ainda defende os interesses do Grêmio e dos demais grandes clubes brasileiros. Esse impedimento cessa a partir da perda de importância do C13, liberando o maior dirigente da história do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense, para concorrer novamente à presidência do clube.

As palavras do Dr. Fábio Koff confirmam estas assertivas, quando diz que "não gosto de ficar parado, preciso de um desafio", ao ser indagado pela imprensa sobre a possibilidade de concorrer nas próximas eleições do Grêmio. Ora, o motivo que pode determinar sua ociosidade é a desintegração do C13, que teve no Grêmio um dos principais articuladores, ao negar apoio a Koff no caso da negociação dos direitos de mídia dos grandes do futebol brasileiro.

O requinte do ódio político fez o clube tricolor ser o primeiro a assinar com a Globo, motivando os indecisos e abrindo exemplo a alguns, até então aliados de Fábio Koff, na tentativa de negociação coletiva, via licitação. Agora é a hora do Sr. Paulo Odone colher o que plantou. Colheita indigesta ter de enfrentar Fábio Koff em 2012, quando certamente tentará a reeleição e assim poder estar à frente do clube, na inauguração da Arena Tricolor.

A Associação Grêmio Unido, desde o primeiro momento, esteve ao lado de Fábio Koff neste episódio, por entender que os serviços prestados por ele ao futebol brasileiro são inestimáveis, como o foram a dedicação e o envolvimento enquanto dirigente do imortal tricolor, consagrando-se como o presidente mais vitorioso de todos os tempos.

A posição do Grêmio Unido ficou muito clara quando, um de seus porta-vozes, o conselheiro Romildo Bolzan Jr., questionou o Sr. Paulo Odone na reunião do Conselho Deliberativo, - 22/03/11- sobre o porquê da atitude inadequada, oportunista e desrespeitosa, para com tão ilustre figura tricolor. A ausência de resposta, seguida do abandono do plenário do CD gremista, pelo Sr. presidente do clube, ajudam a responder as questões que começam a ser colocadas na preparação do próximo pleito tricolor.

Taddeu Vargas
Coordenação de Comunicação
Associação Grêmio Unido

quarta-feira, 30 de março de 2011

Morre Rudy Armin Petry

Rudy Armin Petry
O Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense está de luto. Faleceu, no final da tarde desta terça-feira Rudy Armin Petry, aos 91 anos. Foi um dos dirigentes mais vitoriosos da história do clube, tendo exercido a presidência em 1966 e 1967, quando o clube sagrou-se hexa-campeão gaúcho, feito da maior grandeza à época.

Trabalhava no futebol, junto com Alberto Galia, quando das conquistas da Taça Libertadores da América e do Campeonato Mundial de 1983, sob o comando de Fábio Koff.

A Associação Grêmio Unido rende homenagens a esse ilustre gremista e usa este espaço para enviar votos de pesar à família enlutada.

Sergei Costa
Presidente
Associação Grêmio Unido



sábado, 26 de março de 2011

Odone lança Koff à presidência do Grêmio

Paulo Odone e Fábio Koff
Não é a primeira vez que se especula a candidatura, afinal o Dr. Fábio koff é uma espécie de presidente de plantão, ou presidente honorário do Grêmio, tamanha é a lista de serviços prestados, a quantidade de taças e faixas de campeão no armário, com o clube sob seu comando e, também, pela projeção além das fronteiras do estado, com a gestão no Clube dos 13.

Ocorre que, da forma como o Sr. Paulo Odone - adversário político declarado de Koff - conduziu as negociações dos direitos de mídia do clube, tomando a dianteira no acerto com a Globo, e com isso fragilizando, solapando a posição do Clube dos 13 e consequentemente do Dr. Fábio Koff, no rumoroso caso que ameaça implodir essa instituição, e caso isso realmente aconteça, estará "liberando" o presidente do C13 para concorrer a um novo mandato à frente do tricolor gaúcho, nas eleições do ano que vem.

O diferente, já que os dois são candidatos natos à presidência do clube, é que Fábio Koff tem, desta vez, uma motivação especial para se candidatar e, caso o C13 deixe mesmo de ocupar a importância que tinha no futebol brasileiro, estará livre de compromissos que o impeçam de assumir, de corpo inteiro, o Grêmio, fato novo e circunstância que não se verificou quando, em outros momentos, se especulou a candidatura de Fábio Koff à presidência do Grêmio.

Como é praticamente certo que Odone tentará a reeleição em setembro de 2012, até para estar na presidência, na data da inauguração da nova Arena tricolor (dezembro de 2012), muito provavelmente teremos um embate de gigantes, disputando o mais alto cargo executivo do Grêmio, dentro de alguns meses. Será que Paulo Odone previu que isso poderia acontecer, quando negou apoio a Fábio Koff nesse caso do Clube dos 13, CBF, e emissoras de TV? Ou seja, será que imaginou estar, com a sua atitude, lançando seu mais temido adversário à disputa?

Se depender do Dr. Fábio Koff, parece cada vez mais provável a candidatura. Segundo conselheiros do clube, muito próximos do ex-presidente, já existe disposição de ele se candidatar a mais um mandato de presidente do imortal tricolor, o que a própria imprensa gaúcha já noticiou.

Saudações tricolores!

Taddeu Vargas
Editor
Associação Grêmio Unido



Foto: Eduardo Moura (montagem)

quinta-feira, 24 de março de 2011

Retirada estratégica

Romildo Bolzan Jr.

A Associação Grêmio Unido tem foco prioritário no relacionamento com o quadro social tricolor, esteio principal e fonte do gremismo que corre azul nas veias do tricolor imortal. É a esse público que dirijo minhas palavras, embora, pela gravidade que encerram, com humildade e respeito, penso que devam ser matéria de reflexão de todo o universo gremista.

O que relatarei aqui não ouvi dizer, não li em jornais, nem vi na televisão. Ocorreu na sala de reuniões do Conselho Deliberativo do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense, onde eu estava, atendendo convocação oficial de reunião ordinária, que tinha como pauta principal o exame do planejamento estratégico da instituição, revisão orçamentária para 2011 e assuntos gerais.

Após a aprovação da matéria pautada, o presidente Paulo Odone pediu a palavra e fez referência à negociação dos direitos de mídia dos jogos do Grêmio, fazendo considerações sobre as vantagens de um contrato independente com a Rede Globo, sem a interferência do C13.

Pela importância do assunto e pelo clamor que se ouve de gremistas nas diversas fontes de manifestação que tenho acesso, buscando uma palavra de esclarecimento da direção, sobre o rompimento do clube com seu líder maior, Dr. Fábio Koff e a entidade presidida por ele, que até então representava o Grêmio e os demais grandes clubes brasileiros, nas negociações do direitos de mídia, pedi uma explicação ao Paulo Odone sobre essa questão, fazendo considerações que entendia relevantes, como por exemplo, o por que do Grêmio ser um dos primeiros a anunciar que não atenderia o edital do Clube dos 13, manifestando intenção de negociar de modo isolado, determinando uma fragilização na negociação coletiva e na unidade dos clubes brasileiros, pois o presidente do Grêmio deveria ser o último a minar este processo, em face do que representa o Presidente Fábio Koff para a nação tricolor. 

Ainda disse que entendia haver um processo "viciado", por força do Grêmio, muito prematuramente, sem esperar as deliberações do Clube dos 13, que anunciava negociação mais vantajosa, já projetar o acerto com a Rede Globo de Televisão. Trata-se, aqui, de componente ético importante neste relacionamento e que para mim tem enorme peso.

O que aconteceu a seguir, de certa forma, justifica toda minha preocupação. O presidente do Grêmio, em vez de responder e esclarecer a posição da direção, atalhou o arrazoado e de modo alterado, passou a atacar, como se tivesse sido insultado e não questionado. A mesma atitude do Paulo Odone acabou atingindo outros interlocutores, a seguir, os conselheiros Adalberto Preiss e Renato Moreira – que intervieram referindo a mesma pauta.

Ao final de sua verborragia patrolante o Sr. Paulo Odone, no melhor estilo chavista, intimou sua maioria delirante a aprovar seu espetáculo, no que foi prontamente obsequiado, para depois, numa atitude desrespeitosa, arrogante e grosseira, se retirar da sala, deixando os conselheiros que o questionavam, perplexos.

A intempestiva e truculenta atitude livrou-o de responder as perguntas que alguns conselheiros gremistas queriam ouvir - e tentar entender -, o que pode levar um dirigente do clube a ignorar a importância de Fábio Koff no Grêmio e na defesa do interesse dos clubes brasileiros, para, traindo a história gremista, juntar-se em conluio temerário com entidades que não defendem os interesses do Imortal Tricolor,

Será que o chefe do executivo do Grêmio agiria assim, se não tivesse ampla maioria no Conselho Deliberativo? Esta é uma questão de relevância superior e envolve a propalada cláusula de barreira, que voltarei aqui, oportunamente, para discutir com vocês.

Saudações tricolores!

Romildo Bolzan Jr.
Conselheiro do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense