quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Lições femininas

Vivemos tempos bem diferentes no mundo de hoje. As mulheres tomaram conta, de vez, das funções mais importantes no planeta, indo parar sentadas em cadeiras antes só utilizadas por membros do sexo masculino. É o caso da presidente do Flamengo - clube de maior torcida do Brasil - Patrícia Amorim. Só tínhamos visto mulheres antes nas arquibancadas dos estádios e nos departamentos de psicologia e nutrição dos clubes. O que, aliás, renovou o layout, e também a organização, o profissionalismo e a eficiência no mundo do futebol.

Elas já tinham invadido os palácios e se apossado dos lugares dos primeiros mandatários, como no caso da Inglaterra, Alemanha e nas duas maiores potências sul-americanas, Brasil e Argentina, para citar apenas algumas mais recentes. Outras não sentam na cadeira como chefes de governo, mas comandam as nações da cama, como no caso da França e EUA.

A Presidente Patrícia Amorim, do Flamengo, no episódio do maior leilão de atleta da história do futebol brasileiro, mostrou envolvimento, experiência, sabedoria e competência na montagem da estratégia e na condução da negociação para ter o ex-jogador do Milan, afinal estava conduzindo o maior negócio da história do clube, cuja multa de rescisão alcança a cifra de 400 milhões de reais.

O clube da Gávea não parou enquanto participava do leilão, pois, ao mesmo tempo em que comandava pessoalmente as negociações, destacou dirigentes do departamento de futebol, que sob sua supervisão conduziram a contratação do meia Thiago Neves, que será apresentado hoje na Gávea.

Será que foi a chamada intuição feminina que empurrou Patrícia pra cima do Milan, definindo a prioridade na contratação do ex-jogador do Grêmio, encurralando o irmão e empresário do jogador e dando as cartas no jogo da negociação? Não tem mais dúvida de que a opção de tratar diretamente com o Vice-Presidente do clube italiano, detentor do vínculo do atleta fez a diferença no resultado da negociação.

Cuidem-se senhores, pois se "elas" estão marcando presença no comando antes exclusivo do sexo masculino, dentro de pouco tempo faltará reduto sem presença feminina. O que não deve ser tão ruim assim, não é mesmo? Se for para o bem do futebol, que entrem em campo as bolsas, que venha o perfume delicado, o toc-toc dos saltos, a TPM e outras diferenças.

O Editor