sexta-feira, 15 de abril de 2011

Odione ou Invejone?

Montagem a partir de imagens da internet

O atual presidente do Grêmio nunca desmentiu que Renato Portaluppi não era seu comandante predileto para o time e sempre se sentiu em Odone uma reserva em relação ao técnico preferido da torcida. Talvez a palavra mais adequada seja desconforto. Renato, como nenhum outro treinador conseguiria, atrai para si os clarões dos flashes midiáticos e toda a atenção dos torcedores, que assim não chegam ao presidente, escurecendo e jogando na solidão o famoso ego insaciável do dirigente gremista.

Enquanto o time vai bem o que se vê é um presidente calado e preocupado com outros assuntos, principalmente os referentes às suas outras atividades. Mas basta uma derrota para se ouvir a corneta do Odone soar alto, na direção do comando técnico, para que não reste dúvidas a quem ele atribui o pontual fracasso.

É visível a estratégia de se desvincular dos resultados de campo, adotada pelo presidente Odone, para, ao final de um jogo com eventual derrota, com frases feitas, imputar o fracasso ao treinador. Esse é um fato novo no Grêmio. Não lembro de uma situação sequer parecida com essa, onde o fato de não ter contratado o técnico, exime o presidente de responsabilidades pelos resultados obtidos pela agremiação.

Ora, por que não o dispensou então, assim se livraria da dúvida na hora de torcer.

Vontade de demitir o técnico campeão do segundo turno do brasileirão 2010 não deve ter faltado, pois aliam-se à empatia de Renato com a torcida - e a consequente inveja de Odone - a sua indicação a Duda Kroeff, por ninguém menos do que Fábio Koff, cuja recomendação a favor da contratação de Renato Portaluppi deixaram Duda Kroeff mais que inclinado a trazer o ídolo de volta ao Estádio Olímpico, dessa vez como treinador.

Há pouco assistimos do que o Sr. Odone é capaz, quando o assunto é Fábio Koff.

Não resta a menor dúvida que o vestiário do Grêmio está dividido e da pior forma que poderia acontecer. De um lado os interesses gremistas de vitória e conquista dos títulos que sustentam e vitaminam a grandeza do Imortal Tricolor e de outro as mesquinhas vontades políticas e os solitários anseios do ego, que minam o ambiente e constroem tocaias, no caminho do sucesso da comissão técnica e dos jogadores.

Vamos para uma decisão no domingo com esse cenário, onde uma derrota pode dar ao presidente a coragem que ele precisa para enfrentar a torcida e dizer da sua insatisfação com o treinador.  No episódio do C13, com o Dr. Fábio, ficou conhecido por ODIONE. E agora, com Renato, seria a versão INVEJONE?

Taddeu Vargas
Coordenador de Comunicação
Associação Grêmio Unido