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Dionathã, Patrick e Jean Pierre - Foto GauchaZH |
A convocação do volante Arthur para a Seleção Brasileira, que disputa as Eliminatórias da Copa do Mundo da Rússia, é uma espécie de selo de qualidade concedido à base do Grêmio, que nos últimos tempos vem fornecendo atletas e profissionais do futebol, ao time de cima do clube e também a seleções brasileiras, em diversas categorias.
Assim foi na Olimpíada de 2016, quando da conquista da medalha de ouro pelo time brasileiro de futebol, com participação decisiva de dois jogadores formados aqui – Luan e Walace – e se estende ao atual, com a participação do volante Arthur e de Rogerinho, profissional de preparação física formado no complexo da Escola e das categorias de base.
Não foi diferente na conquista da Copa do Brasil, no final de 2016, quando metade do plantel era de jogadores formados pelo clube, como Marcelo Grohe, Everton, Pedro Rocha e Luan, atletas decisivos na conquista do título, que tirou o Grêmio da fila de 15 anos por um título nacional.
Em 2017, o propalado "melhor futebol brasileiro" passou pelos pés destes meninos. Na segunda metade do ano, após a desclassificação da Copa do Brasil e algumas derrotas no Brasileirão, quando as virtudes do time pareciam desmoronar após a venda de Pedro Rocha e da lesão de Luan, surgem duas figurinhas premiadas, de futebol diferente, criativo, consistente e audacioso: Patrick e Jean Pyerre, dois atletas formados pela Escola de Futebol do Grêmio. É a sistematização do processo que gera tantos bons jogadores.
Ao assumir a presidência do Grêmio, em 2015, Romildo Bolzan fez uma limpa no plantel, de grandes e caros jogadores, e justificou com a necessidade de ajustar as finanças do clube. Ao mesmo tempo, alertou que nascia uma aposta séria na base, não somente por economia, mas para dar sequência, condições e incentivo a um processo de valorização da prata da casa. Ele tinha conhecimento do trabalho lá realizado e de onde ela poderia chegar, pois passara os dois anos anteriores como vice-presidente em contato com as categorias de base.
Para melhorar esta situação, só alterando a legislação, que favorece desproporcionalmente os atletas, em detrimento dos clubes, gerando insegurança nos investimentos do clube.
Taddeu Vargas
Jornalista e Assessor de Imprensa da Escola de Futebol do Grêmio
Artigo publicado na edição de 10/10/2017, no jornal Zero Hora, de Porto Alegre, RS