Sergei Costa Presidente do Grêmio Unido |
Este é o
anseio da grande maioria dos gremistas, torcedores, sócios e conselheiros; até
de grande parte da imprensa. Tão densa é a percepção do esgotamento do prazo de
validade do Sr. Paulo Odone, como dirigente do Grêmio, que a menção disto para
apoiadores dele, não gera sequer indignação. A prova é a disposição de
participantes do grupo político mais identificado com a gestão atual, de não
votar nele, em caso de tentativa de reeleição e nem mesmo numa possível
indicação sua.
Numa
linguagem industrial seria o "esgotamento do material". Há muito
dando sinais de fadiga, foi mantido - ou seria manutenido? -, pelo
recondicionamento, com "imortalidades", "batalhas",
"aflições", "arenas" e outros lubrificantes da paciência
tricolor. Mas como tudo na vida, a permanência deste gremista apaixonado no
comando do clube chegou ao termo. Colapsou!
Penso que o
próprio Paulo Odone não se aguenta mais, como presidente do Grêmio!
Mas convém lembrar
por que isto aconteceu, até para que os próximos ocupantes do Conselho de
Administração aprendam a lição. Olhando de nem tão longe a ponto de não
perceber, nem de tão perto que possa ser visto, penso que entre tantos acertos
e muitos erros, o presidente Paulo Odone cometeu três grandes asneiras, que
provocaram a destruição de suas pretensões políticas, no atual momento da vida
gremista.
Primeira: Humilhou e tentou destruir a
figura do presidente mais titulado da história gremista: a lenda Koff!
Segunda: Humilhou e tentou destruir a
figura do maior de todos os ídolos tricolores: Renato Portaluppi.
Terceira: Sendo político partidário e
atuante, abusou das práticas que identificam a postura da maioria dos
representantes deste segmento, chegando a "vestir" o técnico
recentemente contratato com a camisa numerada com os dígitos de sua sigla
partidária.
Ora, depois
de fazer isto é de se perguntar como não foi deposto por um levante da torcida
tricolor. Talvez por estar ela acostumada com avalanches e não com levantes... rsrsrs!
Como dizia minha avó, "tem que rir pra não chorar"!
Era mais que
certo que a torcida repudiaria estas atitudes da gestão Odone. Elas mexeram com
coisas sagradas do imaginário gremista. Mas foi além. O inconsciente coletivo
gremista não apoiou as marcas odônicas, que não serão muito cedo esquecidas.
Passaria incólume
um dirigente que, tendo feito o acima relatado, conquistasse títulos
importantes no campo de jogo? Esta é uma pergunta que não tem resposta, mas
imaginem o que representa para o mundo tricolor o presidente que tentou
suplantar, pela humilhação, os que colocamos no olimpo de nossos pensamentos e
deixou que os verdadeiros adversários, nos abatessem no campo de jogo.
Sergei Costa
Presidente
Associação
Grêmio Unido