sábado, 25 de agosto de 2012

Por que Odone tem que sair

Sergei Costa
Presidente do Grêmio Unido
Não antes de completar seu mandato e independentemente de concorrer ou não. O fato é que precisa sair! Isto ocorre em qualquer entidade e com qualquer dirigente. Chega a hora que precisa sair, para que o ar que se respira nas dependências tricolores se renove e seja purificado com outras verdades, outras posturas e ...outras esperanças.

Este é o anseio da grande maioria dos gremistas, torcedores, sócios e conselheiros; até de grande parte da imprensa. Tão densa é a percepção do esgotamento do prazo de validade do Sr. Paulo Odone, como dirigente do Grêmio, que a menção disto para apoiadores dele, não gera sequer indignação. A prova é a disposição de participantes do grupo político mais identificado com a gestão atual, de não votar nele, em caso de tentativa de reeleição e nem mesmo numa possível indicação sua.

Numa linguagem industrial seria o "esgotamento do material". Há muito dando sinais de fadiga, foi mantido - ou seria manutenido? -, pelo recondicionamento, com "imortalidades", "batalhas", "aflições", "arenas" e outros lubrificantes da paciência tricolor. Mas como tudo na vida, a permanência deste gremista apaixonado no comando do clube chegou ao termo. Colapsou!

Penso que o próprio Paulo Odone não se aguenta mais, como presidente do Grêmio!

Mas convém lembrar por que isto aconteceu, até para que os próximos ocupantes do Conselho de Administração aprendam a lição. Olhando de nem tão longe a ponto de não perceber, nem de tão perto que possa ser visto, penso que entre tantos acertos e muitos erros, o presidente Paulo Odone cometeu três grandes asneiras, que provocaram a destruição de suas pretensões políticas, no atual momento da vida gremista.

Primeira: Humilhou e tentou destruir a figura do presidente mais titulado da história gremista: a lenda Koff!
Segunda: Humilhou e tentou destruir a figura do maior de todos os ídolos tricolores: Renato Portaluppi.
Terceira: Sendo político partidário e atuante, abusou das práticas que identificam a postura da maioria dos representantes deste segmento, chegando a "vestir" o técnico recentemente contratato com a camisa numerada com os dígitos de sua sigla partidária.

Ora, depois de fazer isto é de se perguntar como não foi deposto por um levante da torcida tricolor. Talvez por estar ela acostumada com avalanches e não com levantes... rsrsrs! Como dizia minha avó, "tem que rir pra não chorar"!

Era mais que certo que a torcida repudiaria estas atitudes da gestão Odone. Elas mexeram com coisas sagradas do imaginário gremista. Mas foi além. O inconsciente coletivo gremista não apoiou as marcas odônicas, que não serão muito cedo esquecidas.

Passaria incólume um dirigente que, tendo feito o acima relatado, conquistasse títulos importantes no campo de jogo? Esta é uma pergunta que não tem resposta, mas imaginem o que representa para o mundo tricolor o presidente que tentou suplantar, pela humilhação, os que colocamos no olimpo de nossos pensamentos e deixou que os verdadeiros adversários, nos abatessem no campo de jogo.

Sergei Costa
Presidente
Associação Grêmio Unido