A Associação Grêmio
Unido deliberou em assembleia geral seu repúdio à manifestação do ex-presidente
Paulo Odone, em entrevista levada ao ar pela rádio Gaúcha no dia 07/12/2013. Na
oportunidade, acusou a atual administração de estar gerando déficits e
necessitando suplementar o orçamento num suposto rombo de R$ 89 milhões.
Também referiu, de
forma absolutamente irresponsável, possuir forte temor de que a direção venha a
‘quebrar’ o Grêmio com gastos acima da possibilidade de pagamento, extrapolando
o orçamento projetado, com as despesas superando as receitas em valores nunca
antes vistos.
O Grêmio Unido, não somente como
grupo de sustentação política à atual gestão do Presidente Fábio Koff, além de
repudiar com veemência a forma truculenta, verborrágica e meramente panfletária do ex-presidente, mas ainda como amante da verdade, não pode
concordar com os argumentos lançados por quem deveria assumir a maior parte da
responsabilidade pela situação gravíssima em que o Grêmio se encontra.
O déficit de R$ 89
milhões é fruto de atos de gerencia de exclusiva competência e responsabilidade
da gestão anterior a do Presidente Koff, pois mais de 40% deste valor, exatos
R$ 38 milhões, tem origem em despesas financeiras, ou seja, resultado do
pagamento de juros da rolagem da dívida contraída em gestões passadas e,
especialmente, a antecipação de recebíveis.
Vale dizer que a
gestão anterior antecipou receitas que deveriam ingressar nos cofres do clube
em 2013, tanto de televisão, como de outras dotações que foram consumidas na
administração Odone. Para ter uma noção
exata desse descalabro financeiro, até 31/12/2012, portanto, final da gestão
anterior, o Grêmio já havia antecipado receitas futuras na ordem de R$ 60
milhões.
Com base numa
antecipação da verba da televisão, que deveria entrar em 2013, portanto na
atual administração, houve o ingresso de R$ 28 milhões ao final do ano passado,
tornando o balanço do exercício ardilosamente superavitário. Isso foi possível
em vista do uso de dinheiro que era da gestão de Fábio Koff.
Ainda estão
contabilizados no déficit anunciado, R$ 22 milhões, fruto da renegociação do
contrato Arena com a OAS, que reduzirá o montante estratosférico de repasse da
migração, cujo valor foi assinado no final do ano passado, inclusive após a
eleição do Presidente Koff, por nada menos que R$ 41 milhões anuais. À
composição do ‘rombo’ se agregam ainda quase R$ 10 milhões para o museu do
Grêmio, assumido pelo famigerado contrato e em torno de R$ 21 milhões que foram
investidos no futebol, razão da existência do clube.
Tais valores, estes
sim gastos na gestão Koff, podem ser considerados como investimentos, e não
meras despesas, pois assim houve uma qualificação da equipe para disputar a
libertadores.
O
Grêmio Unido, sempre que necessário o restabelecimento da verdade, estará apresentando
as informações pertinentes à situação do clube, especialmente com relação ao
negócio Arena, que vem sufocando as finanças do Grêmio desde o início das
operações.
Por ora, conforme se
verifica da leitura da reportagem de capa da Zero Hora de hoje, dia 12/12/2013,
há muito o que falar e a demonstrar sobre a responsabilidade do ex-presidente
Paulo Odone na grave situação financeira do Grêmio. A forma como a direção
anterior conduzia o clube, o descontrole financeiro, os acertos ilícitos e
abusivos retratados na matéria, são apenas uma amostra do que era realizado
dentro do Conselho de Administração anterior, orientado e presidido por quem não
observou os interesses do clube.
Porto Alegre, 12 de
dezembro de 2013
Coordenação Editorial
Associação Grêmio
Unido