Estamos assistindo à maior afronta ao bom senso e ao equilíbrio, que deveriam nortear a conduta de um presidente do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense. O Sr. Paulo Odone escreve com as letras da insensatez e do ódio político, um capítulo que pode trazer trágicos resultados ao patrimônio do clube, já que o estrago na imagem não tem mais como apagar, após o anúncio efusivo do malfadado contrato.
Fazer do Grêmio o primeiro clube brasileiro a assinar um contrato de forma independente com a Globo é mais que insensatez, é um sentimento que se situa entre a irresponsabilidade, a raiva e a ingenuidade, pois tenta atingir o maior ídolo dirigente do tricolor: a figura inatacável do multicampeão Fábio André Koff (talvez por isso mesmo!), limita o valor que poderia beneficiar os demais clubes na mesma faixa de remuneração e consuma o formato de negociação independente, favorecendo a Rede Globo nas demais negociações, puxando o cordão dos desatinados.
A atitude do atual presidente do Grêmio tem nome, e não é gremismo. Muito menos certeza de obtenção de vantagem financeira, diante do cenário de dúvida que a ação tiro no pé, que alguns dos maiores clubes brasileiros intentaram, dando margem a possíveis e quase certas medidas administrativas (CADE) e judiciais, que os clubes de futebol e as redes de TV terão de enfrentar de ora em diante. Sem contar a tentativa de destruição do único mecanismo de negociação efetivo, que os clubes brasileiros desenvolveram para enfrentar a poderosa e oligopolista Rede Globo de Televisão: o Clube dos 13.
A palavra que define melhor as ações de Odone é ódio. Mas inveja também cabe, por não ter conquistado as faixas e taças que Koff guardou nos armários do Olímpico. Aliás, a inveja não é só em relação ao Dr. Fábio, parece que com o treinador do Grêmio acontece o mesmo. Mas esses são problemas dele Odone, não do Grêmio! Até que ponto esse político travestido de dirigente pretende expor a instituição Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense, com atitudes temerárias e sem ouvir o Conselho Deliberativo?
O argumento utilizado pelo CA, para avalizar a conduta aqui criticada, é de que as vantagens financeiras são atrativas e definidoras do comportamento adotado, mas é público e notório que o Grêmio não alcançará maior valor pelos seus direitos de televisão e afins, pelo contrário. O mercado e a imprensa desinteressada (e esse é um fator importante na escolha da base informativa, para formar opinião) já detectaram que os valores seriam aproximadamente os seguintes:
Negociação pelo C13: R$ 65.000.000/ano (pacote de mídias)
Negócio do Grêmio com a Globo: R$ 54.000.000 (pacote de mídias)
Valor aproximado à menor (em relação ao que poderia faturar com a negociação conduzida pelo Clube dos 13): R$ 9.000.000 (nove milhões) por ano de contrato.
Este é o tamanho do prejuízo financeiro, pois o que o presidente Odone fez com o Dr. Fábio, não pode ser estimado!
Na semana passada, em enquete formulada perante os associados do Grêmio, com direito a voto nas eleições do clube, aqui mesmo no blog, o quadro social referendou, com 76% de aprovação, a negociação em grupo, através do C13. Outras enquetes realizadas ofereceram resultados próximos disso. A mesma opinião é compartilhada por nomes expressivos e respeitados da crônica esportiva brasileira, entre eles Juca Kfouri. E não é difícil entender essa posição, pois o senso comum é que está a indicá-la.
E também não é difícil escolher as melhores companhias, seja em que setor da vida for. A Associação Grêmio Unido escolhe ficar ao lado do honrado e competente Fábio André Koff, ao invés de comungar com o grupo formado pelo Sr. Ricardo Teixeira, Sr. Andrés Sanchez e Rede Globo.
Taddeu Vargas
Coordenador de Comunicação
Associação Grêmio Unido