sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Direitos dos sócios patrimoniais do Grêmio em discussão

Na última terça-feira (14), associados do Grêmio Unido compareceram a uma convocação do Grêmio Imortal, para uma palestra que se realizaria na sala de reuniões do Conselho Deliberativo do Grêmio (foto acima). O tema: Adequação das Modalidades de Sócios do Clube, visando a transição Olímpico/ARENA; os palestrantes: um grupo de advogados do departamento jurídico do clube, comandados pelo conselheiro e advogado Rodrigo Andrade Karan; o público: representantes de movimentos políticos do clube e associados do Grêmio.

O objetivo do evento era dar aos membros dos diversos movimentos políticos do clube e associados presentes, a visão da administração sobre o assunto e relatar as medidas já implementadas para a referida transição,  tendo em vista as inquietações dos associados do Grêmio com a transição do Olímpico para a Arena e a repercussão da mudança nos direitos dos integrantes do quadro social tricolor.

O Grêmio Unido (associados do GU na foto acima), desde a primeira hora, defendeu a implementação do projeto Arena, mas manteve-se sempre alerta com relação às negociações, a elaboração do contrato com a construtora e a repercussão do negócio nos direitos dos associados do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense. E por isso, mais uma vez compareceu, para ouvir, participar e opinar sobre os desdobramentos das mudanças que ocorrem em nosso clube.


Neste sentido, o Presidente Sergei (foto ao lado) manifestou-se e questionou as colocações dos advogados do clube, com relação à posição do Conselho de Administração, segundo à qual aos sócios patrimoniais e detentores de títulos remidos, não cabem quaisquer direitos sobre o patrimônio da agremiação, sendo, portanto, comparados aos sócios contribuintes. O advogado do Grêmio chegou a usar o exemplo do direito dos acionistas de sociedades reguladas pelo código comercial, que possuem cotas de valor e ao se retirarem da empresa precisam ser ressarcidos, o que não ocorre com as associações e clubes, segundo ele.

O presidente do GU argumentou que, ao contrário dos sócios contribuintes, que pagam uma mensalidade para utilizar as dependências e equipamentos do clube, os patrimoniais e detentores de títulos remidos investiram altas somas no clube, com a aquisição dos direitos correspondentes e precisam ter um tratamento diferenciado, em relação aos que apenas contribuem com mensalidades.

A intervenção de Sergei motivou a participação de outros associados no debate, inclusive a do conselheiro Cacaio Azambuja, reconhecido estudioso da matéria - tendo fundado uma associação para defender o direito dos sócios patrimoniais e escrito um livro sobre o assunto. Segundo ele a atual administração tricolor comete um grande equívoco ao tratar sócios contribuintes do mesmo modo que os patrimoniais e detentores de títulos remidos, avalizando, desta forma, as palavras do presidente do Grêmio Unido.

Coordenação de Comunicação
Associação Grêmio Unido
Fotos: TaVar