O jornalista Pedro Ernesto, do Diário Gaúcho/RBS, em sua coluna de sábado, 11, no jornal online, intitulada "Até tu Romildo?" ataca o presidente do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense, Romildo Bolzan Jr., comparando-o a "centenas de dirigentes mediocres", tendo, segundo o jornalista, beirado a leviandade e manchado sua conduta de dirigente.
Isto após dizer (no mesmo texto ) que - "estava enxergando na gestão de Romildo Bolzan uma situação nova. Ele não faz as loucuras dos dirigentes tradicionais, que contratam jogadores e fazem contratos irresponsáveis, mas depois não conseguem pagar e levam os clubes à quebradeira. Suas posições sempre foram tranquilas, corretas, respeitadoras."
O que teria mudado tão rápida e drasticamente a opinião do jornalista? Sua repentina alteração de percepção na avaliação do mandatário gremista se deveu, segundo seu texto, a "ele (Romildo) resolveu responsabilizar o presidente Francisco Novelletto por atitudes, que, segundo ele, estariam dando força ao Inter e prejudicando o Grêmio." E arremata com: - "não teve nenhum argumento sólido na sua explanação".
A verdade e os fatos
Na fala de quinta-feira, 09, após o jogo que classificou o Grêmio para as semifinais, Romildo, referindo-se ao presidente da FGF, Francisco Noveletto, cobrou postura de magistrado e isenção daquele que preside a promotora do campeonato e citou o episódio de Erechim, onde o dirigente, estabelecendo o contraditório com relação às atitudes do técnico Luiz Felipe, acabou por antecipar o julgamento do profissional, condenando-o, antes mesmo que o tribunal se manifestasse.
Na mesma linha, o presidente da federação, no caso Fabrício, fez juízo de valor, imputando ao jogador merecimento das supostas injúrias raciais, em virtude de seu comportamento, atropelando entendimento de procuradores e tribunais sobre a questão, em evidente tentativa de livrar o Internacional de possíveis penalizações.
Estes dois fatos - centro da argumentação de Romildo ao exigir postura mais adequada de Noveletto -, receberam do jornalista a avaliação de que Romildo "não teve nenhum argumento sólido na sua explanação".
Ora, comparar o presidente do Grêmio "à centenas de dirigentes medíocres" é, no mínimo, falta de respeito, senão com o presidente, com sua própria avaliação anterior que qualifica o mandatário tricolor. Com relação à afirmação de leviandade, leviano, seria Romildo, se não defendesse os interesses do clube, diante de tais manifestações inadequadas e tendenciosas, com nítida antecipação de juízo em relação aos fatos ocorridos, principalmente pelo notório alinhamento dos tribunais desportivos com as federações, que os mantém.
Normas da casa
Diante de tamanho derretimento dos valores éticos e morais que temos visto, presentemente, na vida nacional, esperamos que, pelo menos, a opinião equivocada do citado jornalista, não represente a do jornal e do grupo de comunicação ao qual pertence, pois defender posturas que antecipam julgamentos e invertem a condição da vítima - notadamente em casos de injuria racial -, criando "fatos consumados" não pareciam ser as normas da casa (RBS), até então.
Coordenação Editorial
Associação Grêmio Unido
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