Faleceu hoje, aos 77 anos, Antônio Augusto dos Santos, grande comunicador, grande homem, insuperável gremista. A Associação Grêmio Unido, ao tempo que manifesta seu pesar, que é o pesar de todos os gremistas espalhados pelo mundo, adere à grande rede de orações que se instalou a partir da noticia do passamento deste honrado cidadão de Marcelino Ramos.
Orações pela iluminação da alma de nosso querido e eterno Antônio Augusto em sua passagem para outro plano de sua trajetória (para quem crê que a vida não se exaure na morte física) e pelo fortalecimento de seus familiares, para que sejam envoltos em toda a energia azul do imenso afeto que os gremistas dedicaram, dedicam e continuarão dedicando ao nosso guerreiro tricolor que hoje se despede.
E pedimos licença para fazer uma singela, e merecida, homenagem a um “gremista de verdade”: ANTÔNIO AUGUSTO, o “Totonho”, o pai e inventor dos plantões esportivos, o homem do plantão das multidões, do plantão da mulherada, do inesquecível “tem gol!”. Este ilustre jornalista gaúcho, há alguns anos atrás, numa atitude desassombrada – e apaixonada –, quebrando o paradigma jornalístico gaúcho que confere à isenção (assim entendida a ocultação, estratégica, de sua preferência clubística) a condição de requisito de sobrevivência profissional no mercado local, assumiu, publicamente o seu gremismo e, assim o fazendo, assumiu todos os riscos e danos profissionais que esta “confissão” implicou. Sofreu, por isso, sofrimento profissional, sofrimento pessoal, sofrimento familiar, prejuízos de toda a ordem. Mas não esmoreceu. Houve quem dissesse que o Totonho acabara como jornalista. Ele não acabou. Ele persistiu, com a raça de um Ortunho, com a grandeza de um Gessy, com a liderança de um Hugo de Leon, com a independência provocativa de um Renato Portaluppi, com a objetividade cirúrgica de um Luis Carvalho, com a altivez de um Airton Pavilhão e, hoje, ao falecer, ingressa, como um Eurico Lara, no Panteão dos gremistas imortais.
A Associação Grêmio Unido, várias vezes, convidou o Totonho para sua reuniões, não para cooptá-lo politicamente, mas para prestar-lhe, em vida, a homenagem que se fez merecedor. Ele não foi. Hoje, entendemos a motivação de sua resistência em aceitar o convite, é que Totonho é do tamanho do Grêmio e, por sua grandeza e amor ao nosso Clube, não queria fazer “parte de uma parte”, queria, até o fim, manter-se livre, autônomo, independente e, assim, também colaborar para a união de todos os gremistas.
Recebam os familiares e todos os demais afetos de nosso querido Totonho – e são muitos - a manifestação dos integrantes do Grêmio Unido de imenso pesar, pelo falecimento de nosso amigo e digno representante gremista e o desejo que tenhamos todos a energia para superar a saudade da sua ausência física. Contudo, também precisamos registrar que o Antônio Augusto que se transformou em símbolo de amor incondicional pelo nosso tricolor, como tal não morreu, nem morrerá, ele é, como o seu Grêmio, imortal.
Por isso, quando alguém perguntar, durante uma jornada esportiva qualquer, se “tem gol?”, diremos todos nós gremistas, em pensamento, em memória e homenagem: “tem sim, Antônio Augusto.
Obrigado, Totonho, receba o amor e a eterna gratidão da nação tricolor.
Cesar Faccioli
Associado e fundador do Grêmio Unido
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