segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Koff na CBF

Com a anunciada saída de Ricardo Teixeira do comando da CBF, algumas alternativas de nomes para substituí-lo começam a vazar dos bastidores do front da guerra de poder, que se instalou na cúpula do futebol brasileiro, a partir do desgaste da imagem do homem que reina por mais de 20 anos, no esporte mais popular do país.

O ex-governador de São Paulo, José Maria Marin, pelo estatuto da Confederação Brasileira de Futebol, é o substituto em caso de renúncia do atual presidente, por ser o mais velho dos vice-presidentes regionais da CBF. Ele é vice da Região Sudeste. O mesmo senhor que embolsou uma medalha de ouro, há alguns dias, em solenidade esportiva. Mas outro paulista corre por fora e pode ser a indicação de Teixeira.
Ricardo Teixeira (E) e Andrés Sanches
O ex-presidente do Corinthians e atual diretor de seleções da CBF, Andrés Sanchez - parceiro de Ricardo Teixeira e Paulo Odone na conspiração que enfraqueceu o Clube dos 13 e tentou alijar do futebol e do comando dos clubes brasileiros o ex-presidente do Grêmio Fábio koff -, parece ser o preferido de Teixeira.

Como se vê, mesmo que mude o comando, caindo Teixeira, continua o conceito! Será que é possível mirar o horizonte do futebol brasileiro, sem que a imagem destas figuras duvidosas, incertas e desacreditadas pela maioria da população, figurem e configurem a paisagem que nossa retina desejaria enxergar?


Fábio André Koff
Por que motivo os donos do futebol brasileiro quiseram ver o ex-presidente Fábio koff fora dele? Que tipo de obstáculo seria o ex-presidente do Grêmio para esta gente? Arrisco duas razões: a primeira é a defesa dos clubes de futebol acima de qualquer outro tipo de interesse e a segunda é o perfil honesto, ético e transparente nos negócios sob sua guarda.

Penso que temos neste momento uma oportunidade de mudança positiva, séria e comprometida com um novo futebol brasileiro, e ela reside na resposta às indagações do parágrafo anterior. Por que não Fábio Koff na presidência da CBF? Teríamos, de uma só vez, três valores raríssimos no 5º andar do edifício da Rua Victor Civita, na Barra da Tijuca, no RJ: gestão honesta e honrada, ética na condução dos negócios da entidade e política de futebol com foco nos clubes.

Suponho que Teixeira tenha balançado e esteja prestes a anunciar sua renúncia por força das denúncias de corrupção, principalmente as recentes, partidas de Joseph Blatter, presidente da FIFA e muito pela pressão popular, que fez barulho enorme nas redes sociais, mas o golpe que Teixeira realmente acusou foi a retirada do apoio do governo brasileiro à sua condução à frente da CBF e do COL. A presidente Dilma não recebe o Sr. Ricardo Teixeira e veta sua presença em solenidades públicas das quais participa.

O nome de Fábio Koff seria um alívio para o planalto, nesta reta final de preparativos para a Copa do Mundo 2014, e as redes sociais podem ajudar a conduzir o ex-presidente do Grêmio para a entidade maior do futebol brasileiro, afinal nunca esteve envolvido em nenhum tipo de escândalo esportivo, apesar de comandar o Clube dos 13 por mais de uma década e ter uma vida pessoal irretocável, como magistrado aposentado. Ou seja, perfil contrário ao do atual presidente e a muitos dos que querem sucedê-lo.

Sergei Costa
Presidente
Associação Grêmio Unido