 |
| Alexandre Mello, Cesar Faccioli, Denis Abrahão, Fábio Koff, Sergei Costa e Marco Bobsin |
A derrota rasga o coração, age por dentro e destroi os tecidos do corpo que abriga a paixão tricolor, mas não rasga o manto sagrado que fica a cobrir a dor e a tristeza da derrota e da desclassificação, blindando o peito gremista durante a cicatrização e cura dos eventuais reveses de uma trajetória quase sempre vitoriosa. A ferida cicatrizará e a dor passará, mas ele (manto) estará lá no estádio, na próxima batalha, vestindo o torcedor imortal, na busca por uma vitória e por mais um título. Assim foi e é, por quase 111 anos!
O Grêmio caiu atirando, se desclassificou ganhando, sendo
aguerrido e forte até o minuto final, tentando reverter o resultado e o gol qualificado do primeiro jogo, acabando por ser derrotado nos pénaltis - quase uma loteria -, como em 1995, na decisão do mundial contra o Ajax, como lembrou o Presidente
Fábio Koff, ao final do jogo de ontem (30/04) na Arena.
Derrotas e vitórias acontecerão e as primeiras sempre serão mais pedagógicas que as segundas, embora o sabor amargo e a potencial depressão pós-jogo. Mas ela, ou elas, as derrotas, não destruirão os triunfos erguidos, as vitórias e títulos conquistados, notadamente os maiores deles, o Mundial de Clubes, as duas Libertadores de América, os dois Brasileiros, as quatro Copas do Brasil e tantas outras conquistas de menor hierarquia.
Por si só, o reconhecimento pelo trabalho do maior responsável por este extraordinário portfolio futebolístico - inobstante os recentes resultados de campo - já autorizaria a
Associação Grêmio Unido a manter seu apoio à gestão de
Fábio Koff, e jamais agiria de modo diferente em um momento como este, de derrota. Todavia, nem só de futebol vive o clube e a verdadeira maratona negocial e jurídica travada com a OAS, para tentar reaver a soberania da instituição
Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense - muito bem encaminhada -, indica que a associação está
do lado certo.
Já o fora assim logo após os gre-nais do gauchão - perdidos de maneira traumática -, quando a foto acima foi produzida, e talvez ela aqui nem figurasse, se o dia hoje fosse de comemoração. O semblante alegre dos membros da cúpula da
Associação Grêmio Unido - ao lado de
Fábio Koff -, apesar do momento difícil, exprime um contentamento solidário e motivador, de quem aprova o comando sério e comprometido com a instituição e mostra que não tem hora para apoiar, mas os momentos de dificuldades são os que mais carecem de demonstrações de solidariedade e apoio.
A Associação Grêmio Unido está ao lado do Grêmio, ao lado de quem conduz hoje e sempre conduziu a instituição de forma honrada, ética e vitoriosa, bem como ao lado de grande parte de associados e torcedores que querem o bem da instituição, em detrimento de qualquer outro tipo de interesse e manifesta isto, oficialmente, na hora ruim, com a consciência de que as vitórias, as classificações e os títulos voltarão.
Coordenação Editorial
Associação Grêmio Unido
Foto: Taddeu Vargas
