As diferenças de postura entre os primeiros mandatários do Grêmio, o que saía e o que entrava, ficaram nítidas, nos comentários sobre o desastre do coirmão em Abu Dhabi, na posse do novo Conselho de Administração do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense. Enquanto Duda Kroeff, com o comedimento de sempre e de modo elegante, mencionava a derrota do time gaúcho, Paulo Odone, enfático, tripudiava sobre a desgraça dos vermelhos.
Dois estilos completamente distintos nas manifestações públicas, que geram respostas na contra partida adversária e que podem beneficiar ou prejudicar o convívio entre as agremiações. O estilo Duda Kroeff manteve em alto nível o relacionamento entre os históricos rivais do futebol gaúcho, mesmo sem nunca ter se furtado de comentar os altos e baixos do Internacional. A diferença está na graduação da flauta e na comunicação sempre franca e transparente do agora ex-Presidente. Já o estilo arrojado e provocante de Paulo Odone projeta uma convivência belicosa, conforme se viu da resposta pronta do dirigente colorado Fernando Carvalho.
A flauta é do jogo, mas a postura do presidente de uma agremiação do porte de Grêmio e Internacional não pode ser a mesma de um torcedor da geral. O cargo exige uma conduta serena e respeitosa com todos os elementos do esporte.
Esperamos que o exagero da retórica apaixonada seja por conta de um possível deslumbramento com o momento da posse, e que os dias de trabalho duro que os objetivos de 2011 irão exigir, amenizem o tom das bravatas que não constroem.
O Editor
Crédito: A imagem no alto é do Cd "Bodas Flauta", lançado em 2002, em comemoração aos 25 anos de carreira do flautista mineiro Estêvão Teixeira, obtida na internet.
Crédito: A imagem no alto é do Cd "Bodas Flauta", lançado em 2002, em comemoração aos 25 anos de carreira do flautista mineiro Estêvão Teixeira, obtida na internet.